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Nova presidente da Embrapa, Silvia Massruhá reforça necessidade do aumento de mulheres em cargos de gestão

Após 33 anos de trajetória na Embrapa, a pesquisadora Silvia Massruhá atingiu recentemente a posição mais alta dentro da organização: a presidência. Segundo ela, embora as mulheres sejam bem representadas no corpo técnico da empresa, sua presença em cargos de liderança ainda é inferior à dos homens.

A nova líder da empresa também é defensora da digitalização na agricultura, com foco nos agricultores de pequeno e médio porte. Além disso, ela destaca a importância de aumentar o investimento em pesquisa agropecuária e ressalta que a Embrapa é uma empresa estatal que fornece recursos tecnológicos para beneficiar todos os produtores brasileiros.

Silvia expressou surpresa ao receber o convite para assumir a direção da empresa, mas viu essa oportunidade como um desafio: “A Embrapa tem pesquisadoras, agrônomas excelentes, várias pesquisadoras reconhecidas internacionalmente, é uma empresa que trouxe esse estímulo, mas na gestão esse número ainda é um pouco mais tímido”, disse ela, quando questionada sobre a quantidade de mulheres que ocupam cargos de liderança nas unidades. “Deve ter 12 a 13 mulheres na chefia das unidades. Isso está aumentando, as mulheres estão se tornando mais gestoras, mas a gente ainda precisa avançar”, explicou.

Perfil – Silvia Maria Fonseca Silveira Massruhá, nascida em Passos/MG, é doutora em Computação Aplicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com a tese “O modelo de inteligência artificial para diagnóstico de doenças de plantas”. É mestre em Automação pela Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e graduada em Análise de Sistemas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas).

Antes de ingressar em posições de gestão, ela trabalhou por duas décadas como pesquisadora, liderando projetos nas áreas de engenharia de software, inteligência artificial e computação científica aplicada à agricultura. A pesquisadora esteve associada à Embrapa Informática Agropecuária, localizada em Campinas (SP), que foi renomeada Embrapa Agricultura Digital em setembro de 2021. Essa mudança ocorreu durante o período em que Silvia ocupou o cargo de chefe-geral do centro de pesquisa, de 2015 a 2022. Anteriormente, de agosto de 2009 a março de 2015, ela foi chefe de pesquisa e desenvolvimento.

 

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