Em uma pequena área, porém muito otimizada, agricultora conciliou tecnologia da irrigação a uma gestão eficiente para ter boa produtividade
O dia 8 de março é muito especial para a produtora Nadir Dall Agnol, não somente pelo motivo da data celebrar o Dia Internacional das Mulheres, mas também por comemorar os 60 anos de vida dedicados ao campo. Vinda de família rural, a agricultora é formada em teologia e atualmente está cursando pedagogia. Ela conta que sempre conciliou seus trabalhos na cidade aos afazeres da propriedade. Desde que se casou, está à frente dos negócios da fazenda da família, que fica na comunidade de Santa Catarina Sertão, cerca de 40 km de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.
A fazenda de apenas 37 hectares é um grande exemplo de gestão e otimização da produção, uma organização capaz de causar inveja em grandes propriedades. “Quando começamos eram apenas 12 hectares de plantação mecanizada, era muito morro, trabalhávamos muito. Mas, assim, com muita dedicação fomos criando as três filhas e aos poucos comprando novas áreas até chegar onde estamos”, diz a agricultora.
Atualmente Nadir cultiva mandioca, feijão, batata, abóbora, moranga, cebola, melancia, melão, pepino e amendoim. Além disso, ainda há a produção de girassol e linhaça. Mas, as maiores áreas são ocupadas por soja, milho, feijão e cevada. Surpreendentemente, todo esse manejo é realizado apenas pela produtora e seu marido. Qual o segredo? Organização! “Aqui a divisão de tarefas é bem definida, eu e meu marido que fazemos tudo. Acordamos muito cedo e vamos para o campo, carpir, plantar, limpar e fazer o que precisa ser feito. À tarde, vou para a cidade onde trabalho como monitora de uma escola”, acrescenta.
Ajuda da tecnologia
Para conseguir conciliar tantas tarefas, Nadir, sempre focada na gestão, fez as contas e viu que o investimento em tecnologia iria otimizar ainda mais o trabalho no dia a dia na fazenda. Após quitar os pagamentos das terras, ela tinha uma ideia fixa: utilizar a irrigação. No fundo da fazenda sempre passou um rio de médio porte, com boa disponibilidade de água. Ela então procurou ajuda dos profissionais da SIA Representações de Erechim/RS, e foi saber tudo o que precisava para fazer a implantação do equipamento.
Após avaliação e negociação, a agricultora adquiriu seu primeiro pivô, Zimmatic, tecnologia Lindsay. A escolha não foi aleatória afinal, a marca oferece a linha mais durável de soluções de irrigação robustas e tecnologicamente avançadas para ajudar a otimizar sua operação com foco em sustentabilidade e lucratividade, afinal a irrigação por pivô oferece uma forma precisa, flexível e comprovada de aumentar o rendimento minimizando o uso de água e energia. “Hoje irrigamos 10 hectares e utilizamos todos os recursos do equipamento. Está sendo muito gratificante poder utilizar e contar com a irrigação”, reforça Nadir.
Na atual safra, a família pôde comprovar de fato a efetividade e importância do pivô. Enquanto todos os seus vizinhos da região tiveram prejuízos com a falta de chuva, com produções de milho praticamente zeradas, eles comemoram uma grande colheita. “Esse ano quem não teve irrigação, perdeu a safra, já nós, tivemos safra produtiva e fantástica”, cita.
Conhecimento apurado
Um dos segredos de Nadir para conciliar uma rotina tão agitada com resultados positivos é sempre estar em busca de conhecimento. Ela com frequência participa de encontros, grupos de jovens, palestras e cursos, visando aprendizado e ações que possam tornar sua fazenda mais produtiva.
Ainda nos raros momentos de horas vagas, geralmente no fim do dia, ela arruma tempo para assistir vídeos de novas técnicas de agrônomos e demais profissionais do campo. “Eu como mulher, gosto muito de estar a par de tudo, e busco me aperfeiçoar. Também participo de um grupo do Brasil inteiro de agricultores pela internet, assim trocamos experiência e conhecimento”, lembra a produtora.
Força feminina
A cada dia torna-se mais comum ver mulheres no campo, algo muito diferente de alguns anos atrás. Outro fator positivo é a presença feminina em cargos de liderança, como por exemplo, a ministra Tereza Cristina e diversas produtoras à frente de muitas fazendas, liderando, sendo verdadeiras tomadoras de decisões e obtendo bons resultados.
Para Nadir, a mulher já é protagonista em tudo o que faz e no campo não é diferente. “Eu admiro muito essas mulheres que ajudam e que fazem acontecer junto com a família. Eu passo sempre para as minhas filhas que não devem se importar em sujar a unha, é preciso colocar a mão na massa. As pessoas me perguntam como eu consigo ter um pique desses e sempre digo que o segredo é que eu amo trabalhar”, finaliza