Mais um encontro digital do Rally Mulheres do Agro foi realizado neste mês de abril. Desta vez, o projeto foi até o estado de Goiás, no município de Ipameri, para saber mais detalhes sobre o Sistema de Integração Lavoura e Pecuária (ILP) na Fazenda Palmeiras, da produtora Sônia Bonato. Além de ter uma presença marcante, Sônia esbanja bom humor, muita informação e tem uma gratidão imensa pelo agro, que é demonstrada nos cuidados e na atenção com tudo que acontece em suas terras. A participação da produtora no Rally se deu por meio do programa “Arena Mulheres do Agro”, que foi transmitido no canal do YouTube e no Facebook da Revista Agrícola e contou com o patrocínio da BRANDT, da HELM do Brasil e do Sicoob.
Sônia Aparecida da Silva Bonato é filha de agricultor e passou sua infância no sítio da família, localizado no interior paulista. Apesar de ter raízes no agro, morou no ambiente urbano durante a sua juventude. Quando casou com o produtor rural Milton Bonato, em 1995, foram juntos para Goiás trabalhar na propriedade que tinham adquirido. “Foi quando cheguei aqui na Fazenda Palmeiras que comecei a conhecer o agro. Vi que esse seria o nosso ganha pão e que eu precisava aprender como administrar tudo isso”, conta a produtora.
Fazendo a gestão rural dos 130 hectares da família, Sônia percebeu nos anos que se seguiram que eles não tiveram prejuízos, mas também não avançaram em suas produções. Buscando crescer em suas atividades, ela fez cursos, frequentou palestras e dias de campo para enfrentar os desafios que o agro apresentava. Organizou a parte administrativa, fez planejamentos de curto, médio e longo prazo e estipulou orçamento para as operações da propriedade, fazendo com que a família pudesse viver da renda de sua produção no agro. Nessa trajetória, Sônia acabou se apaixonando ainda mais pela agricultura e pela pecuária. “Vendo que plantamos uma semente e que isso vai gerar alimento para o mundo inteiro não tem como não amar o agro”.
Na Fazenda Palmeiras a principal produção vem da safra de verão com a soja, mas com o tempo começaram a buscar mais fontes de renda, pensando no cultivo de mais culturas e na atividade da pecuária. Em um primeiro momento, o casal tinha apenas 12 vaquinhas sem raça definida, e resolveu investir na produção de milho para silagem. Dessa forma, eles poderiam ter mais um faturamento e ainda alimentar o gado durante o inverno, quando há menos pastagem disponível para os animais. “Na época não tinha aquela gestão como o agro necessita. Hoje sabemos que a propriedade é uma empresa, tem que ter planejamento e organização”, ressalta Sônia.
Os produtores vizinhos do casal começaram a perceber que a silagem era uma boa opção para manter o gado saudável e bem alimentado, então a produção na região foi crescendo, assim como a qualidade dos produtos. Investindo na genética do rebanho, a propriedade de Sônia e Milton foi evoluindo cada vez mais. O próximo passo foi adotar o sistema de integração lavoura pecuária (ILP). Junto com o milho para silagem, eles plantaram a blaquiária. A palhada junto com o capim auxiliava nos cuidados com o gado e ainda produzia benefícios para o solo. “Como temos uma propriedade pequena, começamos com 2 hectares. Na próxima safra foi 5, depois 10. Hoje realizamos ILP em toda a nossa área plantada da Fazenda”, declara Sônia.
Confira a entrevista completa com Sônia Bonato na próxima edição impressa da Revista Mulheres do Agro. Acompanhe as mídias sociais da Revista Mulheres do Agro para mais informações sobre o Rally Mulheres do Agro.